Existem diversos tipos de containers, no entanto, nem todos são indicados para o uso na arquitetura. Os containers mais indicados são o High Cube de 20 e 40 pés, basicamente pela sua altura. O High Cube de 20 pés não é muito comum de encontrar. Também são conhecidos como dry (carga seca) seguido das siglas "HC" (high cube). Também são utilizados os containers dry de 20 e 40 pés "GP" (general purpose ou de uso geral), no entanto, com a altura inferior.
Uma última alternativa são os containers refrigerados (reefer) que possuem a mesma altura dos HC, no entanto, sua estrutura é inferior à dos containers convencionais o que pode prejudicar o uso em alguns projetos mais complexos. Existem containers reefers sendo aproveitados na construção, porém, sua estrutura não é indicada para este tipo de uso, muito menos para ser cortado e modificado. Este tipo de equipamento é excelente para refrigeradores móveis como se tem visto em feiras de verduras, frutas e carnes. Apesar de terem excelente isolamento térmico e acústico, por serem fabricados com alumínio e aço inoxidável, a modificação ou manutenções podem se tornar cara em função do material, soldas e rebites utilizados no processo construtivo.
Algumas normas municipais exigem altura mínima para uma residência (ou ambiente da casa) e/ ou loja comercial. Outro ponto a considerar são exigências mínimas na largura e comprimento de um cômodo, ou seja, as dimensões permitidas para um escritório dentro de uma casa, podem não valer para um quarto.
Outro uso muito importante são para áreas de proteção e preservação ambiental, principalmente próximo a rios e lagoas. Alguns municípios liberam usos de casa-container (ou bases) pelo fato de serem construções que não agridem o meio-ambiente. Além de serem rápidas, somado a soluções de sustentabilidade (energia solar, aproveitamento da água, uso de fossas ecológicas), podem promover o município com a construção verde.
Um contêiner também pode ser utilizado para abrigar funcionários, neste caso, devem ser seguidas as exigências de diversas normas, principalmente as NR 18 e NR 24. Certifique-se que as condições do container estejam adequadas às normas municipais, estaduais e federais. Podemos citar dois exemplos mais comuns: altura interna mínima e também quanto à ausência de riscos químicos, biológicos e físicos, para este último, se faz necessário um laudo técnico elaborado por profissional legalmente habilitado.